A Sadia mantém um programa para a produção sustentável de suínos para que mais de mil de seus fornecedores reduzam a emissão de gases de efeito estufa – e de quebra melhorem suas condições de trabalho.
Os suinocultores mantêm, em suas propriedades, biodigestores para tratar os dejetos e transformar gás metano em dióxido de carbono, menos poluente, para a geração de energia. Utilizam fertilizantes naturais para produção agrícola – e assim, além de disporem de alimentos para seu sustento, reduzem a contaminação da água e do solo.
Atualmente, Sadia e Perdigão formam uma só empresa, a BRF-Brasil. O projeto, criado em 2006, continua. Nos últimos quatro anos, a companhia lucrou com a venda de créditos de carbono e com uma maior estabilidade de seus fornecedores. Os criadores de suínos também ganharam. Livraram-se de vetores prejudiciais à saúde, reduziram custos, diversificaram a produção – alguns passaram até a criar peixes – e aumentaram seus rendimentos.
Esse exemplo de boa prática está num novo site criado pelo Pnud, o Growing Inclusive Markets, que reúne 120 estudos de caso, 81 publicações e uma lista com 251 empresas, associações e organizações não governamentais.
A ideia é mostrar ao setor privado que é possível investir em áreas como educação, saúde e meio ambiente e, ao mesmo tempo, engordar os lucros. Assim, espera-se, haja maior empenho das empresas em contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, metas socioeconômicas que os países se comprometeram a atingir até 2015 – e que ainda parecem bastante distantes.
Com a ferramenta, empresários, formuladores de políticas e acadêmicos podem facilmente entrar em contato com companhias que mantêm práticas sociais de sucesso.
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