Rica, bonita, empresária bem sucedida.
Só um problema: é ninfomaníaca.
Tem desejos incontroláveis pelos homens mais improváveis.
Pega altos, baixos, gordos, magros, carecas, cabeludos, zarolhos, intelectuais, semianalfabetos, o que pintar.
Em festas, embaixo de mesas, atrás de cortinas em salas de reunião.
Quando a bandeira começa a ficar muito desfraldada, tira uma temporada fora do país.
Um dia foi convidada para assumir um ministério em Brasília.
Ligou para uma amiga: o que fazer?
Recuse, recomendou a pessoa do outro lado da linha.
Brasília é província. As pessoas falam. E o que dizem sai nos jornais.
A pegadora pensou, pesou, e recusou.
No dia seguinte enviou um mimo para a amiga sensata.
Agradecimento por ter ajudado a manter intacto seu telhado de vidro.
E as duas nunca mais se falaram.
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