terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Alegria fugaz

Diante da nossa casa havia um imenso terreno baldio,
uma floresta de eucaliptos onde cada dia inventávamos uma aventura.
Um buraco na terra virava um esconderijo,
bolas de mamona eram balas de canhões.
Então resolvemos montar um museu de borboletas.
Não borboletas espetadas em tábuas:
vivas, como passarinhos em gaiolas.
Seria um zoológico de borboletas coloridas aberto à visitação da vizinhança.

Compramos muito papel celofane, 
fizemos uma enorme caixa transparente no quintal e fomos à caça.
Num dia lotamos a caixa com vasos de flores e bichinhas voadoras de todas as cores e tamanhos.
No dia seguinte, antes que alguém tivesse podido apreciar nosso tesouro, demos com a caixa vazia,
o chão forrado de asas.

Há 40 anos, especialmente na primavera e no verão, 
páro tudo 
a apreciar os rodopios das borboletas.
Alegria breve, imperdível.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Como formigas

Leio a seguinte notícia:

China diz ter tecnologia para garantir combustível nuclear por 3 mil anos

A televisão estatal da China anunciou que o país desenvolveu um processo para reprocessar combustível nuclear que poderia garantir o abastecimento de suas usinas por 3 mil anos.

Há 24 anos cientistas chineses vêm trabalhando no método de reaproveitamento de combustível para reduzir a dependência do carvão e diversificar suas fontes energéticas.

O país lançou um ambicioso programa para construir diversas usinas nucleares, mas a mídia estatal afirma que o atual estoque chinês de urânio - usado no programa nuclear - é suficiente apenas para os próximos 70 anos.


Evidentemente o estoque de urânio pode ser aumentado, mas...
Quem acredita num futuro de 3 milênios?
Só chinês, mesmo!!!

Solitude


 
Do not rely completely on any other human being.   

We meet all life's greatest tests alone.  

    Agnes Macphail, 
first woman elected to Canadian Parliament

O que é, o que são, o que somos

_ Quem são os que se ameaçam e não brigam? 

_ São vermes.


Adivinha do povo Ovahelelo
Fonte: O Livro das Adivinhas Angolanas, de Américo Correia de Oliveira

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ano Novo

Cresce a lista
das coisas que não fiz.
Das que deveria, poderia,
e principalmente das que gostaria de ter feito.