segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Gal Costa -Meu Primeiro Amor Ensaio TV Cultura 2008

Saudade

A memória tem um processo estranho... faz aflorar sons e letras há tanto tempo perdidos...
Esta me veio hoje.

Saudade palavra triste quando se perde um grande amor,
Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor,
Igual uma borboleta vagando triste por sobre a flor,
Seu nome sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra
De ouvir a voz desse sofredor
Que implora por teu carinho
Só um pouquinho do seu amor

Meu primeiro amor tão cedo acabou
Só a dor deixou neste peito meu
Meu primeiro amor foi com uma flor
Que desabrochou e logo morreu
Nesta solidão sem ter alegria
O que me alivia são meus tristes ais,
São prantos de dor que dos olhos caem
É porque bem sei quem eu tanto amei
Não verei jamais

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Always On My Mind

Maybe I didn't love you
Quite as often as I could have
Maybe I didn't treat you
Quite as good as I should have
If I made you feel second best
Girl I'm sorry I was blind

You were always on my mind
You were always on my mind

Maybe I didn't hold you
All those lonely, lonely times
And I guess I never told you
I'm so happy that you're mine
Little things I should have said and done
I just never took the time

You were always on my mind
You were always on my mind

Tell me, tell me that your
Sweet love hasn't died
And give me
Give me one more chance
To keep you satisfied
satisfied

Little things I should have
Said and done
I just never took the time

You were always on my mind

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fado

Ela era assim. Menina de pele branca lisinha e cabelos negros, tímida, sempre de olhos baixos. Nascida e criada no interior mineiro. Vestido de babado. Sapato de boneca.

Aos 16 anos, apaixonada por um vizinho, resolveu casar. O pai se enfureceu, a mãe chorou, mas não teve remédio. O casório foi na igreja, com véu e grinalda, quase toda a cidade presente.

Os dois se mudaram para uma casa com cerca branca de madeira, jardim florido, janelas que se abriam para a rua e deixavam a brisa entrar. Até cachorro arrumaram, pra completar o cenário.

Seis meses se passaram. Num sábado, enquanto ela preparava o almoço, ele saiu de motocicleta para buscar ração logo ali pertinho. Andou dois quarteirões. Foi pego por um caminhão.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sankay

Hoje vi imagens do prédio abandonado na TV.
O hotel em que eu e meus filhos passamos férias por muitos anos.
Sinto a dor de Geraldo e Sonia.
Sentirei sempre, amigos.

Romance inacabado

Minha memória me trai.
O caso que lembro não é exatamente o que se deu - segundo pessoas cujas memórias também não são lá muito confiáveis.
Mas o que importa é a essência.


Ela era linda. E vaidosa. Adorava se arrumar para sair - mesmo que fosse apenas até a loja de armarinhos. 


Sempre um pó de arroz, um lápis de sobrancelha, um toque de batom, os cabelos negros bem penteados, saia e blusa impecáveis.


Pouco depois dos 20 anos apaixonou-se por um rapaz. Não sei se o pai não considerou-o à sua altura. Se achava que o pretendente era pobre, tinha pouca educação, ou se sua resistência se explicava por seu mau humor - sim, porque esse pai era mesmo muito azedo.