domingo, 5 de setembro de 2010

Viver perigosamente III

Chovia há mais de mês. Num bairro de ricos, apenas 26 quilômetros distante do centro da capital paulista, a rua de terra, sem saída, estava impedida. Um lamaçal intransponível se formara. Sete famílias ilhadas.

No final do caminho havia uma porteira: estrada para um sítio de hortaliças. Para chegar a médico, escola, mercado, as pessoas abriram a porteira. Por ali alcançavam a estrada mais próxima.

Um dia veio o aviso: quem passar leva bala. Muitos levaram a sério. Outros não.

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