segunda-feira, 4 de maio de 2015

Leoa à caça

Pela manhã, Maria vestia uma roupa esportiva e se mandava para o parque. Fazia longos exercícios de aquecimento na esperança de que chegasse uma companhia, de preferência um homem jovem, bonito, forte. Claro, nem sempre dava sorte. Nesse caso voltava para casa um tanto frustrada, tomava um banho com água bem quente, vestia seu jeans de todos os dias e ia para a faculdade.
No campus havia muitas possibilidades, muitas áreas de caça. Ela farejava. Alguns dias assistia às aulas, em outros ia para o Centro Acadêmico ou ficava no patio, com um café, fingindo ler alguma coisa.

Uma noite saiu para jantar com um rapaz lindinho - mas homossexual, e ela não percebeu. Não rolou nada além de conversa. Outra noite foi ouvir música numa;espécie de pub que fazia sucesso na ápoca. A certa altura deitou no colo do rapaz que a acompanhava. Ele assustou. A cabeça dela bateu no banco de madeira.
O que fazer? Maria tinha 25 anos e precisava de sexo. Não do sexo em si, que para ela parecia sem graça (gozar era fantasia que nunca experimentara), mas do carinho, de qualquer coisa que a fizesse se sentir querida.
Na verdade, naquele momento, precisava de um homem que a engravidasse e permanecesse a seu lado. Todo o seu corpo queria engravidar e, a essa altura, a cabeça já se perdera.Maria não pensava. Agia por instinto. Leoa à caça de sua presa - o melhor leão possível.

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