Com uma visita marcada para uma reunião de trabalho, saí a buscar o endereço pelas ruas do centro de Luanda, em Angola. Não foi muito fácil encontrar o prédio, mas cheguei. Era noite. Portão para a rua. Buracos nas paredes. Homens conversando na calçada. Subi as escadas escuras e dei com uma porta de ferro.
Bati. O dono da casa abriu a fortaleza e eu quase rolei escadas abaixo. Três cachorros enormes, dentes pontiagudos à mostra, rosnavam e latiam descontrolados. Ele se desculpou. Tornou a fechar o bunker, prendeu os cães e me convidou para entrar.
O apartamento era no quinto andar, mas nos últimos meses tinha sido invadido duas vezes por ladrões. Para roubar comida, porque além de livros muito mais não havia. E, pobre do meu anfitrião, eu levei muitos de seus livros...
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