sábado, 14 de agosto de 2010

A velha e boa esperança da paixao

Ela com mais de 70 anos, bonita, bem vestida, cabelos cuidadosamente pintados de grisalho. Ele mais velho, desleixado com o vestir, cabelos brancos, andar um tanto trôpego. Viúvos, os dois encontraram-se por um desses acasos da vida. Viviam de mãos dadas – ele sempre à frente, ela atrás, com o braço esticadinho. Caminhavam muitíssimo. Na academia ou na quadra de esportes, faziam exercícios de ginástica como se fossem adolescentes. Viajavam e passeavam por cidades perdidas no mapa, iam a restaurantes, jogavam cartas. “Estamos namorando”, explicavam, como se houvesse alguma necessidade de esclarecimento. A paixão, a alegria, a esperança – tudo era absolutamente evidente naquela dupla...

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